quarta-feira, 12 de maio de 2010

Orações Subordinadas Substantivas

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Período Composto por Subordinação: ocorre quando é constituído de um conjunto de pelo menos duas orações, em que uma delas (Subordinada) depende sintaticamente da outra (Principal).

Ex.: Só depois disso percebi que as palavras dele eram profundas.

1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se).
Por Exemplo:
Suponho que você foi à biblioteca hoje.

Você sabe se o presidente já chegou?

OBS.: que e se são conjunções integrantes que ligam a oração subordinada substantiva a sua oração principal.
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como). Veja os exemplos:
Ex.: O garoto perguntou qual era o telefone da moça.
Não sabemos quando a vizinha se mudou.
Classificação das Orações Subordinadas Substantivas
De acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:

a) Subjetiva
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. Observe:
É fundamental o seu comparecimento à reunião.
É fundamental que você compareça à reunião.
Atenção: Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome " isso". Assim, temos um período simples:
É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Sujeito
Dessa forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a função de sujeito.
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:
É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente - Está comprovado
Por Exemplo:
É bom que você compareça à minha festa.

2- Expressões na voz passiva, como:
Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou provado
Por Exemplo:
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
3- Verbos como:
convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer
Por Exemplo:
Convém que não se atrase na entrevista.
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular.

b) Objetiva Direta
A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração principal.
Por Exemplo:
Todos querem sua aprovação no vestibular.
Todos querem que você seja aprovado. (Todos querem isso)

As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas por:
1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se":
Por Exemplo:
A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Por Exemplo:
O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Por Exemplo:
Eu não sei por que ela fez isso.

c) Objetiva Indireta
A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
Por Exemplo:
Meu pai insiste em meu estudo. Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso)
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.
Por Exemplo:
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta

d) Completiva Nominal
A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertence à oração principal e também vem marcada por preposição.
Por Exemplo:
Sentimos orgulho de seu comportamento . (Complemento Nominal) Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.) Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal.
Lembre-se:
Observe que as orações subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto que orações subordinadas substantivas completivas nominais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complementa um verbo, o segundo, um nome.

e) Predicativa
A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser.
Por Exemplo:
Nosso desejo era sua desistência. Predicativo do Sujeito Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.) Oração Subordinada Substantiva Predicativa
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o exemplo:
A impressão é de que não fui bem na prova.


f) Apositiva

A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo da oração principal.
Por Exemplo:
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu casamento. Aposto(Fernanda tinha um grande sonho: isso.)Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse. Oração Subordinada Substantiva Apositiva

ORAÇÕES REDUZIDAS

Três tipos: INFINITIVO, GERÚNDIO E PARTICÍPIO



· NAS SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS SÓ OCORRE REDUZIDA DE INFINITIVO:

a) Subjetivas: Não é conveniente comprar todos estes materiais.
b) Objetivas Diretas: Quanto ao José, dizem ter viajado para a Europa.
c) Objetivas Indiretas: O sucesso da tua carreira depende de teres dedicação.
d) Predicativas: A única alternativa é estudarmos no exterior.
e) Completivas Nominais: Jorge tinha grande necessidade de passar no concurso.
f) Apositivas: Diante deste vexame, só nos resta uma saída: ficarmos calados.

Orações Especiais
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo interessante de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Observe:
Deixe-me repousar.
Mandei-os sair.
Ouvi-o gritar.
Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo. E, o que é mais interesante, os pronomes oblíquos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas:
Deixe que eu repouse.
Mandei que eles saíssem.
Ouvi que ele gritava.
Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas formas retas correspondentes. É fácil compreender agora que se trata, efetivamente, dos sujeitos das formas verbais das orações subordinadas .

Professora: Malu

Sintaxe Orações Coordenadas - 9º Ano


As listas a seguir abordam de maneira mais detalhada alguns dos assuntos trabalhados em Língua Portuguesa nessa II unidade, no 9º ano (8ª série). Dentre eles estão ORAÇÕES COORDENADAS, ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS e O TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO: FORMAS DE DESENVOLVIMENTO DE SUAS PARTES . O objetivo de colocá-las no blog é para que os alunos tenham um subsídio a mais para estudar e, assim, complementar tudo o que foi abordado em sala de aula. À medida que os assuntos forem trabalhados, postarei o que achar pertinente.
Então, pessoal, bom estudo!
Pró - Malu

Sintaxe : Período Composto

Oração: é um enunciado com sentido completo e que possui um verbo ou uma locução verbal.
Período: é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.
Simples: Ex.: Quero um sorvete de abacaxi. (oração absoluta)
Composto: Ex.: Dancei pagode a noite toda para esquecer do falecido.

Período Composto por Coordenação
Quando o período composto é formado de duas orações independentes , dizemos que se rata de período composto por coordenação.
Ex.:- Não tenho dinheiro aplicado , nem compro dólares.
( 1ª oração ) ( 2ª oração )

Quando as orações do período composto por coordenação seguem-se umas às outras separadas apenas por sinais de pontuação ( vírgula , dois-pontos ou travessão ) , elas são
chamadas orações coordenadas assindéticas.
Ex.:- O homem desceu, olhou a moça, beijou-a fervorosamente.
Quando , no período composto por coordenação , as orações são ligadas por meio de conjunção , elas são chamadas orações coordenadas sindéticas.
Ex.:- O garoto pulou o muro e saiu correndo.
( 1ª oração assindética ) ( conjunção ) ( 2ª oração sindética)

Dependendo das conjunções que ligam as orações coordenadas sindéticas , elas se classificam em: OS ALUNOS DARÃO EXEMPLOS.
1)- ADITIVA quando juntam , somam termos ou orações.
Conjunções :- e , nem , mas também , mas ainda , bem como , como também.
Ex.: Saí ontem com meus amigos e voltamos de madrugada.
2)- ADVERSATIVA - quando exprimem uma ressalva , contraste , oposição.
Conjunções :- mas , porém , contudo , todavia , entretanto , ao passo que , senão, no entanto , não
obstante.
3)- ALTERNATIVA - quando indicar alternância , opção entre duas coisas.
Conjunções :- ou , ou . . . ou , já . . . já , quer . . . quer , ora . . . ora, seja . . . seja.
4)- CONCLUSIVA- quando introduzem uma conclusão , uma dedução lógica.
Conjunções :- logo , pois , portanto , por isso , assim , por conseguinte , então.
5)- EXPLICATIVA- quando iniciam uma oração que explica o sentido da oração anterior.
Conjunções :- que , pois , porque , porquanto , visto que .

Nota Importante :- Para você diferenciar ( pois ) como conjunção conclusiva e explicativa :
Pois { antes do verbo e dá para trocar por porque = explicativa }
Ex.:- Estude , pois o vestibular está perto.
Pois { depois do verbo = conclusiva }
Ex.:- Estudou bastante; deve , pois passar no vestibular.
Observações Complementares :
Veja um exemplo, a conjunção ( e ) aparece normalmente como uma progressão de significados que adiciona , acrescentando algo novo.
Ex. :- Este trator serve para arar a terra e para fazer colheitas.
Se não acrescentar nada , constitui para a repetição desnecessária , deve ser evitada.
Ex.:- Tudo permanece imóvel e fica sem se alterar. ( errado ) - Porque o “ e” não adiciona nenhuma informação nova.
Essa conjunção ( e ) , por exemplo , pode ter valor de adversidade no contexto .
Ex.: Deitei-me , e não pude adormecer. - pode ser substituído naturalmente pela conjunção mas .